quarta-feira, julho 12, 2006

Ahhhh essa pequena-burguesia...

Dei um azar enorme no meu dia. Sabe daqueles em que nada dá certo? Havia planejado passar a tarde na mostra de cinema latino-americano, que vai até domingo, tirar o resto da noite para rever amigos e relaxar. Mas diante da minha total falta de sincronia com o relógio, perdi a oportunidade de ver os filmes que havia selecionado.
Para não perder completamente o dia, decidi dar umas voltas aqui pelo centro, pagar umas contas atrasadas, convidei o caçula...Lá na Vieira achamos uma livraria nova, não deu outra, entramos para dar uma olhadinha. Caso não fossem os livros plastificados, o cheiro da coisa sendo feita amadoramente (a loja recendia a plástico derretido) e o ranço pequeno-burguês que povoa o ambiente, poderia ser legal. Infelizmente demos o azar de nos deparar com esse setor medíocre e preconceituoso. Pseudo-intelectuais, num espaço pretensamente produtor de cultura. Imagine-me, tênis furado (tá bom, já comprei novos), bolsa com a alça cruzada, cara de duranga, olhando os exemplares! Avalie se fui bem-vinda.

Mesmo assim, como meu caçula queria muito um livro novo do Neil Gaimam, compramos. Não curti o lugar. Gosto de livrarias inteligentes, onde pode-se folhear os livros, sentada em cadeiras confortáveis e decidir por vários, se o dinheiro der, claro. Essa coisa plastificada, rançosa, amadora e discriminatória, definitivamente está fora do meu cardápio!

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