terça-feira, fevereiro 20, 2007

O Lula tem dentes no país dos banguelas.


Uma bala, uma enorme bala! Dolorida e dura!!

É assim que se parece esse infernal calombo no meu rosto, fruto de um tratamento dentário mal feito, há anos atrás...Dois, para ser mais precisa!

Dada a constante ocorrência dessa merda entre nós; os sem eira, sem beira, sem porra nenhuma; só posso concluir que seja algo proposital.

A quem atendem os dentistas mal formados?? À ânsia do mercado, ao lucro fácil do desvio de dinheiro público para os cursos particulares de qualidade duvidosa, via PROUNI, via política educacional. Naquilo que não cabe na bolsa de estudos (?!), pagam seus cursos com grande dificuldade, à custa da poupança familiar, da escolha entre caminhar mais um trecho à pé ou ir de ônibus e ver no que vai dar amanhã...

Clinicam para nós, a preços módicos, a perder de vista em consultórios de gosto duvidoso e sujeira escondida atrás de quadros da parede...

Nós, os proprietários de calombos entumescidos de dor e pus, os frequentamos pedindo clemência, afinal é tão pouco o que nos salva...Nos vendemos por uma extração que nos alivie o martírio de sermos os desvalidos que somos, os páreas com pose de gente e livros embaixo dos braços. Inúteis diante da fúria das reformas educacionais que nos impingem aos mal formados.

Deveria absolvê-los por serem maus profissionais? Deveria bradar contra a política educacional responsável pela má formação desses dentistas? Deveria adentrar as fileiras da revolução que nunca virá?

Enquanto decido, pego mais um comprimido contra minha insuportável dor de dentes!

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

O Caos


São Paulo quando chove torna-se definitivamente o caos. Tudo pode acontecer. O imprevisível ganha corpo e dançamos nessa melodia.

Os rios transbordam, o trânsito para, os carros buzinam, ninguém se entende.
A água que deveria escoar encontra o solo impermeável pelo asfalto, decorrente da expansão urbana não planejada. O lixo corre solto nas ruas alagadas, o fedor torna-se insuportável, mesmo aos narizes mais resistentes.

Os pontos de ônibus lotam, o metrô não anda e vociferamos a vida cotidiana. Maldita chuva!!

No entanto, esse aparente acaso segue leis bastante precisas.

Você abre, "inocentemente", a janela do ônibus (ou mesmo do carro) e joga seu lixo pessoal na rua.

Esse mesmo lixo é carregado pela balbúrdia diária dos carros, das pessoas atravessando a rua, e estanca com seus similares na sarjeta mais próxima.

O cachorro vai lá e o fuça, acompanhado pelo mendigo que come os restos gerais. O que sobra disso entra no esgoto permanecendo alí com todos os outros restos urbanos, entopindo tudo.

A limpeza do esgoto não ocorre porque a empresa terceirizada, responsável pelo serviço, não recebeu, da prefeitura, no prazo contratual. Apesar de ter pago a propina combinada, no processo de licitação.

A prefeitura acusa o governo federal de não ter repassado as verbas acertadas no último acordo partidário de votação daquela medida provisória, que seria utilizada para quitação das dívidas com todas tercerizadas dos serviços de limpeza do município.

Já o governo federal argumenta que precisa manter a meta de superávit primário, estabelecida pelo FMI/BIRD na última negociação da dívida externa brasileira.

FMI/BIRD não dizem nada, até hoje confundem a capital do país.

Mas quem permanece preso pela chuva???

" a teoria do caos não é uma teoria de desordem, mas busca no aparente acaso uma ordem intrínseca determinada por leis precisas."

domingo, fevereiro 04, 2007

Fast as you can

Eu deixo a fera quieta por pouco tempo
Não sei como viver sem minha mão na sua garganta
Brigo com ele agora e sempre
Oh, meu bem, é tão doce, você acha que sabe quão louca,
Quão louca eu sou.
Você diz que não se assusta facilmente e que não irá.
Mas eu sei que sim e rezo para que isso aconteça.
Rápido quanto puder, meu bem, corra, livre-se de mim.
Rápido quanto puder.
Posso até ser suave na sua mão, mas em breve estarei faminta por uma briga.
E não deixarei você ganhar.
Minha linda boca irá modular as frases que irão dizimar sua fé na humanidade.
Então se você me pegar tentando encontrar um caminho para o seu coração por debaixo da sua pele,
Rápido quanto puder, meu bem, me arraste para fora, livre-se,
Rápido quanto puder.
Rápido quanto puder, meu bem, me arraste para fora, livre-se,
Rápido quanto puder.
Às vezes minha mente não chacoalha e muda
Mas, na maioria das vezes, sim.
E eu chego ao lugar onde estou implorando por uma carona
Ou mergulharei nos porquês e no que se foi
Serei sua garota se você disser que é uma dádiva
E me der mais de suas drogas
Sim, serei seu bichinho de estimação se você apenas disser que é uma dádiva.
Pois estou cansada de porquês, engasgada nos porquês.
Só preciso de algumas respostas.
Eu deixo a fera lá e então...
Até tentei perdoá-lo, mas estava muito cedo.
Então brigarei de novo, de novo, de novo, de novo, de novo.
E por mais um tempinho, planarei no vento irregular.
Reclame e culpe a terra estéril.
Mas se você estiver tendo idéias brilhantes, se aquiete!
Estou florescendo dentro
Rápido quanto puder, meu bem, espere, me olhe, estarei de fora.
Rápido quanto puder, talvez tarde, mas por fim, ao menos.
Rápido quanto puder, me abandone e deixe essa coisa correr seu curso.
Rápido quanto puder
Rápido quanto puder
Rápido quanto puder
Rápido quanto puder.

Paper Bag

Estava olhando para o céu, apenas procurando por uma estrela.
Para orar, fazer um pedido ou algo assim.
Eu estava tendo uma doce fixação de um devaneio de um garoto
Cuja realidade eu conhecia, era a desesperança de ser tida.
Mas então a pomba da esperança começou sua descida
E eu acreditei por um momento que minhas oportunidades
Estavam se aproximando do meu alcance
Mas enquanto caía por perto, assim caía uma lágrima pesada.
Achei que fosse um pássaro, mas era só um saco de papel.
Fome machuca, mas eu o quero tanto que mata.
Pois eu sei que sou uma bagunça que ele não quer limpar
Tenho que desistir, pois essas mãos tremem demais para segurar.
Fome machuca, mas morrer de fome funciona (?) quando é muito custoso amar.
E fiquei louca de novo hoje, procurando por um fio para escalar.
Procurando por um pouco de esperança
Meu bem disse que não poderia ficar, que não iria pôr seus lábios nos meus.
E um fracasso no beijo é um fracasso na competição
Eu disse: “Querido, não me sinto tão bem, não me sinto justificada.
Venha e ponha um pouco de amor aqui no meu vácuo” - ele disse
"Está tudo na cabeça" - e eu disse, “Assim como tudo está”.
Mas ele não entendeu
Achei que ele fosse um homem, mas era só um garotinho.
Fome machuca, mas eu o quero tanto que mata.
Pois eu sei que sou uma bagunça que ele não quer limpar
Tenho que desistir, pois essas mãos tremem demais para segurar.
Fome machuca, mas morrer de fome funciona (?) quando é muito custoso amar.
Fome machuca, mas eu o quero tanto que mata.
Pois eu sei que sou uma bagunça que ele não quer limpar
Tenho que desistir, pois essas mãos tremem demais para segurar.
Fome machuca, mas morrer de fome funciona (?) quando é muito custoso amar.