quinta-feira, fevereiro 08, 2007

O Caos


São Paulo quando chove torna-se definitivamente o caos. Tudo pode acontecer. O imprevisível ganha corpo e dançamos nessa melodia.

Os rios transbordam, o trânsito para, os carros buzinam, ninguém se entende.
A água que deveria escoar encontra o solo impermeável pelo asfalto, decorrente da expansão urbana não planejada. O lixo corre solto nas ruas alagadas, o fedor torna-se insuportável, mesmo aos narizes mais resistentes.

Os pontos de ônibus lotam, o metrô não anda e vociferamos a vida cotidiana. Maldita chuva!!

No entanto, esse aparente acaso segue leis bastante precisas.

Você abre, "inocentemente", a janela do ônibus (ou mesmo do carro) e joga seu lixo pessoal na rua.

Esse mesmo lixo é carregado pela balbúrdia diária dos carros, das pessoas atravessando a rua, e estanca com seus similares na sarjeta mais próxima.

O cachorro vai lá e o fuça, acompanhado pelo mendigo que come os restos gerais. O que sobra disso entra no esgoto permanecendo alí com todos os outros restos urbanos, entopindo tudo.

A limpeza do esgoto não ocorre porque a empresa terceirizada, responsável pelo serviço, não recebeu, da prefeitura, no prazo contratual. Apesar de ter pago a propina combinada, no processo de licitação.

A prefeitura acusa o governo federal de não ter repassado as verbas acertadas no último acordo partidário de votação daquela medida provisória, que seria utilizada para quitação das dívidas com todas tercerizadas dos serviços de limpeza do município.

Já o governo federal argumenta que precisa manter a meta de superávit primário, estabelecida pelo FMI/BIRD na última negociação da dívida externa brasileira.

FMI/BIRD não dizem nada, até hoje confundem a capital do país.

Mas quem permanece preso pela chuva???

" a teoria do caos não é uma teoria de desordem, mas busca no aparente acaso uma ordem intrínseca determinada por leis precisas."

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