sexta-feira, agosto 24, 2007

Só o tempo dirá...


Noite insone.

Cartas na mesa.

Dúvidas.

Incertezas.

Insegurança.

Mas a necessidade de caminhar em frente, seja ela qual for.

Para ser inteira e sólida, flexível e densa, numa outra forma, talvez...Não sei...

Novamente apenas sei o que sinto. Sei?

Qual foco? Ângulos diversos...

Vamos lá, nosso tempo dirá.

sexta-feira, agosto 17, 2007

Às décadas!!!!!!!


Numa sociedade que valoriza o efêmero, o descartável e a rapidez no ser e fazer (afinal um trabalhador multifacetado, que produza no lugar de vários , manipulando cartões e robôs, continua gerando mais-valia), envelhecer é algo quase pecaminoso...

Chegar aos 30 torna-se problemático, principalmente para mulheres que pensam estar chegando ao limite de sua capacidade reprodutora, casar e ter filhos vai tornando-se um desespero...Que pena...Passar dos 40, então, pode ser criminoso!

Pois eu digo que tudo isso é uma grande tolice ideológica, que comprada a preços caros no mercado, nos faz perder o que há de melhor na vida... Crescemos acreditando que apenas seríamos felizes se alguém nos "completasse", como se fôssemos metades, incompletos, ou como se não houvesse um casamento com filhos jamais poderíamos ser felizes...Quanto barulho produz o Marianismo, essa concepção de que devemos ser metades, subservientes, mães perfeitas ( ou suficientemente boas. Aliás, nessa concepção há pais??) dedicadas ao lar.

Nunca consenti em ser assim, também não sou boa em planejamentos, nunca quis casar, ter filhos. Apenas vivi o que foi acontecendo-me (mesmo que isso pareça pouco racional e politicamente incorreto, a maioria da humanidade foi gerada assim, ao acaso, na percentagem de falhas dos métodos contraceptivos - isso na melhor das hipóteses). Amei e fui amada por vários anos por um homem, e dessa relação nasceram meus dois filhos. Com todos os senões e contradições possíveis de tais fatos, o que quero dizer é que é ingênuo avaliar que podemos ter total (ou parcial) controle sobre nós. Pessoas estão muito além da relação obtida em ratos de laboratório, de estímulo e resposta.

Hoje amo um homem muitos anos mais novo que eu e sei causar incompreensões alheias, estranhamentos e preconceitos, mas o amor é assim : alheio a barreiras, tradições e hipocrisias sociais...


Somos construções históricas, contraditórios, e muitas vezes estranhos a nós mesmos, ainda que responsáveis pelas opções que fazemos ao longo da vida.

Sei que amadurecer e ter 45 anos é muito bom! Mesmo com várias e chatas responsabilidades cotidianas penduradas...

Nesse meu momento de vida em que estou do avesso , afirmo ter vários princípios, algumas certezas, muitas dúvidas e a eterna necessidade de aprender!!!