segunda-feira, janeiro 28, 2008

Tudo vai ficar bem


Composição: John Ulhoa / Andrea Echeverry

"Sei que tudo vai ficar bem
Só não sei se vou ficar também

Eu faço tanta coisa
Pro mundo melhorar
Eu faço de um tudo
Que posso pra ajudar

Eu distribuo amor
Eu curo solidão
Mas peço por favor
Alguém me dê a mão

Sé que todo va a estar bien
Lo qué no sé es se sobreviviré
Sé que todo va a estar bien
Lo qué no sé es se yo me salvaré

Estoy comprometida
El mundo hay que cambiar
Y en esta corta vida
El verbo es ayudar

Yo distribuyo amor
Con toda soledá
Y pido por favor
Que mi tengan piedad

A vida da trabalho
Se lo digo señor
Eu digo pra senhora
La muerte es un horror

Eu luto só por paz
Ajudo meu irmão
Mas sinto que o destino
Quer me jogar no chão

Sé que todo va a estar bien
Lo qué no sé es se sobreviviré
Sé que todo va a estar bien
Lo qué no sé es se yo me salvaré

Sei que tudo vai ficar bem
Só não sei se vou ficar também"

Pato Fu

PS.: Parir é fácil, difícil é decidir tudo depois...

sábado, janeiro 26, 2008

Gritos noturnos.


Era quase manhã, o dia invadia o apartamento junto com os sons urbanos costumeiros. Havia uma noite a mais para dormir, no cômputo geral da sua vida. Essa fora insone, mais uma...

Perdera-se nas divagações, navegando na internet, baixando músicas. Como era de costume, como sempre gostara de fazer. Sua solidão não era só. Aprendera a preenchê-la consigo, há muitos anos, aliás. Sentia-se em paz nessas situações.

No entanto, essa especificamente, fora diferente. Antigos sons penetraram seus ouvidos e a dúvida gritara a noite toda. Embora soubesse o caminho que trilharia, poderia interferir na situação. Sabia da sua posição, dos prós, contras e do poder que tinha...Sempre soubera e nunca o usara...Não havia aprendido a jogar e sempre lhe assustara o desespero alheio. Que era nítido!

Quisera muito conseguir apenas concentrar-se nas suas metas, mas esses sons estiveram alí toda noite.

Entre isso e o que faria, existiam os dias...Deitou-se e decidiu, naquele momento, deixá-los correr...

segunda-feira, janeiro 07, 2008

Gone Good


"I'm never going back never going back to you
I'm never going to see you again
I'm never going to dig out your picture
I'm never going to look you up someday
Life is very short
You don't love me anymore
So I'm never going to see you again
I'm never going to write you a letter
Never going to call you on the phone
I'm never going to drive by your house
I'm never going to catch you coming outside
Never going to walk up your walk
And ring your bell
And feel you fall into my arms
I'm never going to see you (x2)
I'm never going to see you again
Your gone for good"
Morphine

quinta-feira, janeiro 03, 2008

2007


Foi um ano muito estranho. Pela primeira vez na vida desabei. Eu que sempre soube resolver tudo: No trabalho, em casa, com os filhos, no namoro, na militância sindical, na vida cotidiana.

Aprendi que não sou a fortaleza que sempre supus. Fui obrigada a procurar ajuda e aceitá-la. Coisa difícil para mim...Aprendi o que é a depressão, sem nunca ter prestado atenção a ela : Algo em que nunca pensei.

Comecei um tratamento psiquiátrico e psicoterapêutico, tive muitas baixas, momentos de total desespero, de querer sumir e nunca mais viver, de largar a terapia, de fugir da consulta psiquiátrica, de ter medo de sair de casa.

Hoje vivo um momento muito diferente, levei 10 meses para descobrir que o foco da minha vida sou eu. Não os outros, o mundo que sempre quis mudar...

É custoso sair do vazio que me meti, não tenho a menor idéia do que irá acontecer, sei apenas que tento, e que vou continuar fazendo isso, porque eu me descobri mais que nunca. Sou mais inteira na minha debilidade e fraqueza. Não tenho nada mais a mudar do que aquilo que me incomoda em mim.

Descobri uma estranha felicidade, tranquila, e a certeza de que estou apenas começando...Aos 45 anos ainda não sei quem sou.