quarta-feira, agosto 16, 2006

Tudo que é sólido desmancha no ar?


Algumas amizades acreditamos para a vida toda. Conhecer o outro é sempre um reaprender a sermos nós. Rever concepções naquilo que nos é questionado, repensá-las...Ver o outro colocando-se no lugar dele, ou simplesmente compartilhar momentos bons : de risadas à toa, de doideiras da noite, do cotidiano fatigante.
Tenho poucos e bons amigos. No entanto essa semana percebi que perdi uma pessoa importante para mim. Questionei-me muito sobre isso. Sobre até que ponto algumas rupturas não são como formas de pressão, algo quase como uma birra infantil. Ceder significa abrir mão do que sinto e sou. Permanecer assim dói a ausência.
Concluí que amizades , para serem de fato sinceras, tem de ser incondicionais. Caso contrário não passam de exercício de poder. Para isso não se precisa de amigos, o resto do mundo já exerce esse papel.
Então, desejo para você que se foi, uma amizade como a que lhe dedico: incondicional. Apenas para ser, certa da presença, do colo, do apoio, da solidariedade e nada mais...

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