sexta-feira, outubro 20, 2006

Torpor...


Você tenta ser o que não é...Conheço seu silêncio, sei o porquê de tratar com banalidade nossa última conversa. Já vi essas cenas, mas você disse que isso não voltaria a acontecer e eu acreditei.

Sua escolha lhe entristeceu essa semana. Sinto muito se ela começou a partir.
Não tenho qualquer responsabilidade sobre vocês. Nunca tive.

Sempre acreditei em você, mesmo quando mentia para mim. Na época não sabia serem mentiras o que dizia. Hoje sei. Hoje sei também que nosso tempo se extingue, apesar do esforço que fazemos em prolongá-lo... Nunca me esforcei tanto, e confesso estar com o corpo dolorido, as pernas cansadas, a cabeça em torpor...

Cada dia que passa duvido mais e vejo como me esconde, como não se interessa pelos meus e minhas coisas. Isso já não dói. Apenas me afasta e deixa as cores mais nítidas. Elas reluzem explodindo em avisos de auto-preservação que gritam, e as palavras ecoam...
Fico encimesmada e meu silêncio cresce, tomando conta de tudo. Não preciso disso. Ninguém precisa.

Tenho necessidade de trocar concepções, de compartilhar idéias e impressões. Sinto falta disso em nós.


Preciso respirar com meus próprios pulmões. Talvez precise mesmo ir. Ainda não sei...

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